"Clichés, frases feitas, adesão a códigos de expressão e conduta convencionais e padronizados têm a função socialmente reconhecida de proteger-nos da realidade, ou seja, da exigência de atenção do pensamento feita por todos os fatos e acontecimentos em virtude de sua mera existência" 
- Hannah Arendt (pesquisa de livros)

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Chagas: O Pensamento de Marx sobre a Subjetividade

O pensamento de Karl Marx sobre a subjetividade humana é pouco conhecido e divulgado na língua portuguesa, e, no Brasil, particularmente, carece ainda de um estudo amplo, explícito e sistemático. Meu artigo pretende esboçar uma reflexão mais completa de sua filosofia sobre a subjetividade humana, insistindo não somente na crítica, mas também, e especialmente, na compreensão da referida questão, a partir de uma leitura imanente e estrutural de suas obras, no original. Vale ainda ressaltar que minha investigação se apoia na conexão entre subjetividade e objetividade, entre sujeito e objeto, inquirindo se há um determinismo da objetividade sobre a subjetividade, ou seja, se essas duas determinações são contraditórias no interior do pensamento marxiano, comprometendo, pois, as suas reflexões acerca da crítica à filosofia especulativa de Hegel e ao empirismo da economia clássica, ou se, na verdade, tal conexão é o segredo recôndito de sua filosofia sobre a subjetividade humana.
(Fonte: Trans/Form/Ação v. 36 n. 2 (2013) - pesquisa de livros sobre Marx)

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Husserl - Intuition, categorial object and categorial intuition

Intuition:

An intuition is an act characterized by intuitive fullness, that is, by the presence of presenting contents or representing contents in the act. While Husserl abandoned the early doctrine of representing contents, it remains the case for him that intuitions are characterized by the presence of sensuous content, that is, that intuitive acts are perceptions or modifications of perception. It is in this sense that intuitions present an object in its “bodily givenness” and that they serve as evidence. For example, a name expressing the empty intention of an object is fulfilled in the perceptual intuition of the named object precisely as named. Similarly, a declarative sentence expressing a judgment is fulfilled in an intuition that is the modification of a perception, namely a categorial intuition, that “bodily” presents the state of affairs as judged.
Categorial object
A categorial object is one infused with form or structure. Examples of categorial objects are states of affairs, groups, relations, numbers, or any object in which parts have been articulated. The articulated whole, in which the parts are both distinguished and joined together, is the categorial object. The categorial object can be intended in an empty signitive intention or in a categorial intuition, and the categorial object is the identity given in this manifold of absent and present modes. Early in his career—up through the Logical Investigations—Husserl understood the distinction between non-categorial and categorial objects and that between pre-predicative and predicative experiences as correlates, but he came to recognize that even pre-predicative experience has a kind of categoriality proper to it. This pre-predicative categoriality is not yet fully articulated, but it nevertheless adds a moment of form to what is experienced. The adumbrational character of perception means that the object is experienced as something or other; perception is categorially structured in an anticipatory manner by the hermeneutic-as (p. 51)

Categorial intuition:
A categorial intuition is the fulfilling act for an empty, signitive intention of a categorial object. Categorial intuition directly presents the unity of whole and part, of the members of a group, of the terms of a relation, and so forth. Categorial intuition is a modification of perception, insofar as the subject sees, for example, not merely “the red door” but “that the door is red.” The formal or categorial moment of the categorial object is not the correlate of a perceptual moment in the fulfilling act insofar as the categorial intuition is not directed simply to the concrete object or to any of its abstract perceptible qualities. Instead, categorial intuitions, as do all categorial acts, involve a moment of thinking that moves beyond its perceptual foundations. Categorial intuition is a “thoughtful perception” that does not merely add thoughtfulness to perception but unifies what is directly encountered in and of an object that is at once perceived (or remembered or imagined) and thoughtfully articulated. (p. 50)
John Drummond: Historical Dictionary of Husserl's Philosophy (Historical Dictionaries of Religions, Philosophies and Movements) The Scarecrow Press, Inc., 2007

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“Um homem não entra no panteão dos filósofos por ter se aplicado a ter apenas ideias eternas, e o tom de verdade só vibra por muito tempo quando o autor interpela a sua vida.” 
Merleau-Ponty

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Histoire de la Folie on France Culture



En 1961, Foucault soutient sa thèse intitulée "Histoire de la folie". Objet de nombreuses critiques, elle n'est pas tant une histoire de la psychiatrie que celle des pratiques adoptées du Moyen Âge à Freud. Qu'est-ce qui a rendu possible la constitution de la folie comme objet de connaissance ?

source: Entretien avec Luca Paltrinieri et faits divers.

Dans l’"Histoire de la folie", en 1961, Foucault parle précisément de la maladie mentale, une sorte de confiscation d’une expérience par ce qu’il appelle le pouvoir médical. Mais en quoi consiste le pouvoir médical ? Dans l’établissement d’une sorte d’objectivation du fou qui finalement conduit à une impossibilité de dialogue entre le normal et le fou. C’est peut-être exactement ce dialogue que Foucault cherche à décrire dans son "Histoire de la folie". Quel est le dialogue qu’il y a eu entre la normalité et la folie ? Entre la raison et la déraison ?

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Kant on Empirical Psychology and Experimentation (Michael Bennett McNulty)

Michael Bennett McNulty (2018). Kant on Empirical Psychology and Experimentation. In Violetta L. Waibel, Margit Ruffing, David Wagner (Eds.), Natur und Freiheit: Akten des XII. Internationalen Kant-Kongresses (pp. 2707–2714). Berlin, Boston: De Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110467888-270

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Kant on Chemistry and the Application of Mathematics in Natural Scienc (Michael Bennett McNulty)

In his Metaphysische Anfangsgründe der Naturwissenschaft, Kant claims that chemistry is a science, but not a proper science (like physics), because it does not adequately allow for the application of mathematics to its objects. This paper argues that the application of mathematics to a proper science is best thought of as depending upon a coordination between mathematically constructible concepts and those of the science. In physics, the proper science that exhausts the a priori knowledge of objects of the outer sense, only motions and concepts reducible to motions can be legitimately coordinated with mathematical constructions. Since chemistry can neither achieve its own a priori principles of coordination nor be reduced to the coordinated doctrine of motion, it is a merely improper science.

(source: Kantian Review) (more books on Kant)

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A Psicologia entre o longo passado e a curta história

This paper intends to insert the History of Psychology in a wider debate along with the History of Philosophy and History of Science. In order to do that, the object of analysis is Hermann Ebbinghaus’s famous phrase, ‘Psychology has an old past, but a short history’, and all the tradition of books and textbooks due to it, very popular on the 20th and 21st centuries. The paper is going to analyse Ebbinghaus’s text and its historical commitments and consequences. Then will perform a critics of this tradition, in 3 fronts of arguments: firstly, bringing up some more recent studies on Gustav Fechner, seen as a central character on the making of Psychology as a science, but nevertheless ignored for its ‘speculative’ commitments. Secondly, the paper will confront such questions with the historical perspectives of 20th century, specially the epistemological history of science. Finally, the paper will open the argument of ‘old past’ to a more wide ‘history’, showing contemporary analysts who started to scan the historical meaning of the word ‘Psychology’

O presente trabalho pretende inserir a História da Psicologia dentro de um debate mais alargado, em torno das Histórias da Filosofia e das Ciências. Para isso, o objeto de análise a célebre frase de Ebbinghaus, ‘A Psicologia tem um longo passado, mas uma curta história’, e toda a tradição de livros e textbooks decorrente dela, muito popular nos séculos XX e XXI. O trabalho analisará o texto de Ebbinghaus e seus compromissos decorrentes. Então realizará uma crítica a essa tradição, em três frentes: primeiramente, trazendo à tona estudos mais recentes sobre Gustav Fechner, encarado como figura central na constituição da Psicologia como ciência, mas não obstante ignorado por seus compromissos 'especulativos’; em segundo lugar, confrontando tais questões com as perspectivas do século XX, especialmente a história epistemológica das ciências; finalmente, abrindo o 'longo passado’ a uma história mais alargada, a partir de analistas mais contemporâneos que começaram a perscrutar o próprio termo 'Psicologia’.
(Source: philpapers.org - Pesquisa de livros sobre Psicologia)

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uma tradução

Certa vez eu dava aula em um curso de Humanas e me deparei com uma tradução mal feita. O assunto, importante naquela área, continha poucos títulos em português do autor principal. O autor era alemão, mas muitas das poucas traduções em português eram vertidas do inglês.

Aquela, em especial, além de ser mal traduzida do inglês, não verificou o próprio original em alemão. O original em alemão continha 65 páginas, e a versão em inglês umas vinte e poucas. Além disso, a própria tradução do inglês continha palavras erradas e omissão de trechos. Boa parte do artigo não havia sido traduzido, e a parte traduzida também omitia partes importantes, às vezes simplesmente cortando frases e adulterando o contexto.

Mas aquele texto famoso era o único disponível da espécie em português.

Então fui conversar com um colega, apontando os erros e mostrando meu espanto sobre como um texto tão importante poderia ter tantos problemas.

A resposta me surpreendeu mais ainda do que o texto. O colega me disse que aquele era um curso de graduação, e que tais coisas deveriam ser tratadas na pós. Disse, ainda, que esse tipo de tom era de quem insistiria em mudar coisas na graduação, quando o espaço para mudanças não era ali, e sim na pós. Também disse que "essas coisas de filósofo" mostram claramente o tipo de profissional que se aventura em áreas alheias.

O original em alemão permanece intocável.

(fonte da foto)

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Michel Foucault, Entretien avec Roger-Pol Droit (1975, inédit)

Inédit extrait d'une série d'entretiens que Roger-Pol Droit a eus avec Michel Foucault au mois de juin 1975, quelques semaines après la publication de « Surveiller et punir ». Le Point 01/07/04 - N°1659 p.82

Roger-Pol Droit : Vous n'aimez pas qu'on vous demande qui vous êtes, vous l'avez dit souvent. Je vais quand même essayer. Souhaitez-vous qu'on vous nomme historien ? 

Michel Foucault : Je suis très intéressé par le travail que font les historiens, mais je veux en faire un autre.

Doit-on vous appeler philosophe ?

Pas non plus. Ce que je fais n'est aucunement une philosophie. Ce n'est pas non plus une science à laquelle on pourrait demander les justifications ou les démonstrations qu'on est en droit de demander à une science.

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Jean Lacroix: La signification de la folie selon Michel FOUCAULT

L'oeuvre de Michel Foucault est essentiellement consacrée à l'histoire de la médecine. Mais ce terme d'histoire demande à être précisé. Archéologie ou histoire de la médecine ?, interroge Dagognet. Il s'agit en réalité d'une réflexion de type kantien sur le devenir de la médecine. Foucault lui-même l'a définie comme une critique, " dans la mesure où il s'agit, hors de toute intention prescriptive, de déterminer les conditions de possibilité de l'expérience médicale ". Mais Kant se trouvait en face d'un donné, d'une science établie : la critique partait de ce fait qu'il y a de la connaissance. En ce qui concerne la médecine, histoire et archéologie restent mêlées. Il faut donc retracer une histoire souterraine, qui est loin d'aboutir uniformément à une science toujours valable. Aujourd'hui la possibilité et la nécessité de la médecine sont liées " au fait qu'il y a du langage et que, dans les paroles sans nombre prononcées par les hommes, un sens a pris corps qui nous surplombe, attend dans l'obscurité notre prise de conscience pour venir à jour et se mettre à parler ". D'où se dégage une leçon épistémologique capitale : ce que l'homme voit et découvre dépend du champ déterminé que sa problématique du moment lui interdit de voir. Tout récemment, dans Les Mots et les Choses, Foucault a appliqué sa méthode archéologique, non plus seulement à la Folie et à la Médecine, mais à l'ensemble des sciences humaines. Atteignant à la pleine maîtrise de cette méthode, en attendant un ouvrage entièrement consacré à la méthodologie, il explicite ce que ses précédentes oeuvres supposaient, ce qu'on pourrait appeler la fin de l'humanisme. L'histoire des idées devient une sorte de lecture des sens objectifs qui commandent la recherche d'une époque. Peut-être même ne convient-il guère de parler d'histoire, car les structures d'une civilisation nous sont données sans que soient encore expliqués la genèse et le passage d'un type à un autre. L'archéologie en somme c'est l'étude des soubassements, l'histoire des a priori d'un temps, l'analyse du sous-sol qui rend possible la germination des sciences. Foucault appelle épistémè l'ensemble de ces catégories objectives, de ces quasi-transcendantaux qui déterminent l'ouverture - et la fermeture - des connaissances. La méthode archéologique est donc l'étude de l'épistémè d'une époque - comme Nietzsche avec la méthode généalogique et Marx avec celle de l'infrastructure cessent d'opposer système à système, mais creusent par en dessous et mettent à nu ce qui en rend compte. L'existentialisme sartrien se trouve aussi dépassé que les autres philosophies du sujet et la métaphysique cède la place à une sorte d'ontologie. De même que pour jean Granier dans son admirable volume sur Le Problème de la vérité dans la philosophie de Nietzsche, le langage est bien la question essentielle, non pas comme acte d'un sujet parlant, mais comme réalité objective et structurée. L'homme d'aujourd'hui n'est-il pas en train de périr à mesure que brille plus fort à notre horizon l'être du langage ? Dans un article de Critique (juin 1966) sur "La pensée du dehors", Foucault écrit : "La percée vers un langage d'où le sujet est exclu, la mise au jour d'une incompatibilité peut-être sans recours entre l'apparition du langage en son être et la conscience de soi en son identité, c'est aujourd'hui même une expérience qui s'annonce en des points bien différents de la culture : dans le seul geste d'écrire comme dans les tentatives pour formaliser le langage, dans l'étude des mythes et dans la psychanalyse, dans la recherche aussi de ce Logos qui forme comme le lieu de naissance de toute la raison occidentale. Voilà que nous nous trouvons devant une béance qui longtemps nous est demeurée invisible : l'être du langage n'apparaît pour lui-même que dans la disparition du sujet." Aussi peut-on parler du ruissellement continu d'un langage qui n'est parlé par personne : tout sujet n'y dessine qu'un " pli grammatical ". Les catégories du " concret " et du " vécu " appartiennent au royaume du non-Savoir. La pensée et le discours, ou plutôt leur indissociable unité, loin d'offrir la pure et simple manifestation de ce que nous savons, constituent " le lieu d'où peut naître toute connaissance ". Quoique éloigné du marxisme, Foucault n'en consonne pas moins avec Althusser. Sans Canguilhem, Lacan, LéviStrauss notamment, leur oeuvre à tous deux était impensable. Les précédents livres de Foucault devaient aboutir à cette explicitation, puisqu'ils montraient déjà non pas que le sujet parle, mais qu'il y a de la parole dans le Rêve, la Médecine et surtout la Folie.

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quote

Mind is the forerunner of (all good) states. Mind is chief; mind-made are they. If one speaks or acts with a wholesome mind, because of that, happiness follows one, even as one’s shadow that never leaves.
 Dhammapada, 2

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Michel Foucault: Libros livres livros and books




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Lorem Ipsum

"All testing, all confirmation and disconfirmation of a hypothesis takes place already within a system. And this system is not a more or less arbitrary and doubtful point of departure for all our arguments; no it belongs to the essence of what we call an argument. The system is not so much the point of departure, as the element in which our arguments have their life."
- Wittgenstein

Lorem Ipsum

"Le poète ne retient pas ce qu’il découvre ; l’ayant transcrit, le perd bientôt. En cela réside sa nouveauté, son infini et son péril"

René Char, La Bibliothèque est en feu (1956)


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