Humboldt, Kant, romantismo





VITTE, Antonio Carlos  and  SILVEIRA, Roberison Wittgenstein Dias da. Considerações sobre os conceitos de natureza, espaço e morfologia em Alexander von Humboldt e a gênese da geografia física moderna. Hist. cienc. saude-Manguinhos [online]. 2010, vol.17, n.3 [cited  2017-10-18], pp.607-626. Available from: . ISSN 0104-5970.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702010000300003.

Discute a formação dos conceitos de natureza, espaço e morfologia na obra de Alexander von Humboldt e seus impactos na formação da geografia física moderna. Influenciado pelas reflexões de Kant em Crítica do juízo e pelos trabalhos de Goethe e Schelling, Humboldt desenvolveu nova interpretação e representação para a natureza na superfície da Terra, em que o conceito de espacialidade é fundamental para a explicação dos fenômenos da natureza. A geografia física moderna estrutura-se a partir de complexo cruzamento de influências estéticas e instrumentais desenvolvidas por Humboldt, nas quais o princípio da conexão é importante para a invenção artística e científica do conceito de paisagem geográfica.

VITTE, Antonio Carlos  and  SILVEIRA, Roberison Wittgenstein Dias da. Kant, Goethe e Alexander Humboldt: estética e paisagem na gênese da Geografia Física Moderna.

Este  trabalho  procura  apontar  a  confluência  das  idéias  kantianas,  goetheanas  e  humboldtianas  de  estética  e  paisagem  na  fundamentação  da  Geografia  Física  Moderna.  Em  Kant  trabalharemos  com  a  construção  de  uma  estética  transcendental,  pilar  constituinte  do  projeto  romântico  da  ciência  humboldtiana  e  elemento  primordial  de  uma  nova  noção  de  “forma”,  além  da  perspectiva  de  uma  natureza  atuando  segundo  a  fins;  passando  por  Goethe,  veremos  como  a  paisagem  assume  um  importante  papel  na  nova  explicação  do  mundo  natural,  antevendo  na  forma  a  síntese  entre  todo  e  parte  e  a  face  objetiva  do  protótipo  e  do  protofenômeno;  em  Alexander  Humboldt  chegaremos  ao  nascimento  de  uma  nova  ciência,  estruturada  na  concepção  estética  de  uma  forma  representada  por  uma  manifestação  científico-artística,  além  da  apresentação  de  uma  interdependência  entre  a  esfera  subjetiva  e  objetiva,  permitindo  o  surgimento  de  uma  paisagem  não  estritamente  natural,  mas  geográfica.  Todo  este  revolver  epistemológico  será  tomado  em  nosso  tempo,  num  universo  de  cânones  envelhecidos  e  novas  necessidades.

Barbosa, Tulio; Nunes, João Osvaldo Rodrigues. Kant e a estética romântica germânica: da paisagem de Humboldt a geografia científica.

O  presente  artigo  é  resultado  da  tese  de   doutorado  (Estética  Romântica  Germânica  e   Geografia) na qual afirmamos a importância em co mpreendermos  os  elementos  estéticos  germânicos  a   partir  de  Kant,  pois  tais  elementos  proporcionaram   o  desenvolvimento  da  Geografia  antecedida  pela   paisagem humboldtiana. Neste trabalho apresentamos  argumentos que demonstrem nossa tese a partir  da  estética  de  Kant  influenciadora  direta  na  conc epção  estética  romântica  e  o  desdobramento  para  a   cosmovisão  de  Humboldt  que  resultou  numa  estrutur ação  estética  singular  objetivada  na  paisagem   antecedida por essa herança subjetivada. Entendemos  a paisagem não apenas co mo categoria geográfica,  pois  o  desenvolvimento  da  mesma   resultou  na  edificação  da  Geog rafia  Moderna;  assim,  de  Kant  a   Humboldt o caminho foi preenchido pelos ideais româ nticos que incitaram elementos constitutivos da  liberdade, da individualidade e da criatividade, co mo consequência o desenvolvimento da Geografia.

Kalina Salaib Springer1 Antonio Carlos Vitte2. Influências do Frühromantik na concepção de natureza em Alexander von Humboldt: questões para a atualidade da Geografia Física. Geographia Opportuno Tempore, Londrina, v.1, n. 1, p. 1-19, jan./jun. 2014.

O artigo procura demonstrar a influência da frühromantik na concepção de natureza em Alexander von Humboldt que estruturou esta visão na geografia científica. Rompendo com a visão cartesiana-newtoniana de natureza e razão, a frühromantik coloca que a questão não é epistemológica, mas ontológica, emergindo deste debate uma concepção orgânica de natureza e de razão enquanto complexo entre o racional e o sensível. Além da forte influência dos poetas e filósofos, destaca-se a naturphiosophie e para a filosofia-da-natureza de Schelling, que formaram a visão de natureza enquanto cosmos, dinâmica e em perpétua interconexão. Em Alexander von Humboldt, esta reflexão filosófica emergirá como proposta metodológica para a geografia, onde a paisagem geográfica é o produto da interconexão entre o racional e o sensível. As reflexões da frühromantik e de Humboldt potencializam o atual debate teórico-metodológico na geografia física, ao colocar que o problema atual não é de ordem de método ou epistemológico mas de ordem filosófica frente as novas naturezas na contemporaneidade.

Antonio Carlos Vitte* Roberison Wittgeinstein Dias da Silveira** Kalina Salaib Springer*** Josevan Dutra Gomes. Ciência e estética na ciência humboldtiana e os fundamentos da Geografia Física moderna. Geosul, Florianópolis, v. 27, n. 54, p 7-32, jul./dez. 2012

O presente trabalho examina os fundamentos artísticos e filosóficos que influenciaram a constituição da ciência humboldtiana, que se constitui geneticamente na base para a organização do pensamento geográfico moderno. A ciência humboldtiana formou-se a partir de um complexo debate que ocorreu no século XVIII, tendo como base o pensamento sobre estética e teleologia de Kant e que se desenvolveu a partir da naturphilosophie com Schelling, Schiller e Goethe. O produto é a geração do conceito de espacialidade, categoria morfológica e estética da representação que permite a comunicação e a geração de conhecimento. Nesse momento, estavam erigidas as bases para a organização da geografia moderna, em termos de objeto e de método

RICOTTA - Natureza,cienc,est. Em Von Humboldt (LIVRO)



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"All testing, all confirmation and disconfirmation of a hypothesis takes place already within a system. And this system is not a more or less arbitrary and doubtful point of departure for all our arguments; no it belongs to the essence of what we call an argument. The system is not so much the point of departure, as the element in which our arguments have their life."
- Wittgenstein

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"Le poète ne retient pas ce qu’il découvre ; l’ayant transcrit, le perd bientôt. En cela réside sa nouveauté, son infini et son péril"

René Char, La Bibliothèque est en feu (1956)


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