Missaggia: Por uma fenomenologia encarnada: corpo e intersubjetividade em Husserl

As questões que são analisadas nesse estudo – o desenvolvimento da noção de corpo e a abertura à intersubjetividade – mostram que ler Husserl como um idealista vinculado aos termos da filosofia moderna, como é ainda comum entre os intérpretes, não dá conta da amplitude de seu pensamento. Quando investigamos tais temas, muitos dos quais foram desenvolvidos em obras publicadas apenas postumamente, podemos constatar que a fenomenologia husserliana foi precursora de diversas questões fundamentais da filosofia contemporânea, incluindo aquelas desenvolvidas mais amplamente a partir do desdobramento da tradição fenomenológica através de outros pensadores, como Heidegger e Merleau-Ponty. O foco desse livro, portanto, é a fase “tardia” da filosofia husserliana, de modo que nos centramos nas obras produzidas a partir dos anos 30, além de alguns dos manuscritos do filósofo recentemente editados e publicados. Não se limitando, no entanto, a uma defesa do pensamento husserliano, esse estudo pretende apresentar uma avaliação crítica do modo como o fenomenólogo desenvolve os conceitos de corpo e intersubjetividade, tanto no sentido de reconhecer sua originalidade e dificuldades, como na busca por indicar alguns dos limites do projeto fenomenológico enquanto filosofia transcendental.
 Missaggia: Por uma fenomenologia encarnada: corpo e intersubjetividade em Husserl. Ed. Fi.

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"All testing, all confirmation and disconfirmation of a hypothesis takes place already within a system. And this system is not a more or less arbitrary and doubtful point of departure for all our arguments; no it belongs to the essence of what we call an argument. The system is not so much the point of departure, as the element in which our arguments have their life."
- Wittgenstein

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"Le poète ne retient pas ce qu’il découvre ; l’ayant transcrit, le perd bientôt. En cela réside sa nouveauté, son infini et son péril"

René Char, La Bibliothèque est en feu (1956)


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